4 de jun. de 2010

Quatro Patas

Foi em um verão de 1998, que eu acordei com as buzinadas da brasília do meu pai. Na época, a brasília era parte de nossa família, pescávamos todo fim de semana no Rio Macaé, principal reserva de água da cidade que segue o nome do Rio. Quando ele estacionou, abriu a porta do passageiro, e lá estava ela, raça não identificada, pelos hora aos montes, hora quase deixando a pele a mostra, mas eu, na carência dos meus 10 anos, ví naquela cadela, uma companheira que marcaria toda a minha vida.
Pampi! era seu nome.
Nas manhãs de sábado, nas pescarias, só se via Pampi latindo para os bois, correndo atrás dos cavalos, ela tinha muita vitalidade. Quando eu saía pelo bairro de bicicleta, ela ia atrás de mim, e era encrenceira, baixinha, dessas q gostam de arrumar confusão. Comia todos os meus chinelos no início. Ngm chegava perto, antes de ser consultado por ela. Cheirava quem fosse estar por perto o tempo que fosse necessário.
Quando completou 2 anos, deixamos ela ter a sua primeira ninhada, vieram 5 filhotinhos minúsculos, pareciam filhos de rato.
Os anos se passaram, e sua disposição deu espaço a uma cadela rabujenta, que andava reclamando pra todos os lados, mas que quando me via, lançava aquele olhar doce, que só eu e ela, sabíamos como era.
Quando viajávamos pra Sergipe, ela ficava na casa de uma vizinha, sendo cuidada, ficava com uma camisa minha na boca, o tempo que ficávamos fora.
Vieram então as minhas mudanças, Rio de Janeiro x Rio das Ostras, e ela ficava sempre me olhando do portão, quando voltava pra casa, ouvia seus latidos de felicidade virando a esquina. Conversávamos muito, na verdade eu, falava muitas coisas pra ela. Ela só se mantinha presente, lambia meu nariz vez em quando.
Já não a tenho mais, Com 11 anos seu latido não se ouviu mais.
Escreví sobre ela hj, pq ao levar minha outra cadela, filha de pampi a praia, pensei:

- Pampi adoraria estar ao meu lado.





Sem fotos de Pampi no momento, essa é de sua filha. Filhotinha. (o nome eh filhotinha mesmo)

4 comentários:

Anônimo disse...

Linda foto!
Muito fofa a filhotinha! ^^

Tem animaizinhos que realmente marcam a vida da gente né? Eu tinha uma a Lady (que não era Gaga) lindíssima, fofíssima, mas latia demais. Por causa disso minha mãe doou a cadela... um trauma...

Marcelo R. Rezende disse...

Acho tão bonito esse tipo de carinho com animais. Não que eu tenha, são poucos os que eu gosto, mas acho bonito.

*-*

Anônimo disse...

Me emocionei muito, lembra muito o meu dog.
Aprendemos tanto com estes pequeninos, que marca para toda a nossa vida.

Cheguei uma vez fazer um poema pra ele, mais não o acho mais;

Mas é tao gostoso ter companhia!

INEXPLICAVEL!

Beijão!

Valdeir Almeida disse...

História bonita a sua.

Me faz lembrar de minha dog que morreu no ano passado, justamente no Natal.

Abraços.